A Ansiedade é um sintoma. Ou melhor
dizendo, um conjunto deles. Segundo Pérez (2015) trata-se de uma condição
universal e generalizada a todas às pessoas, e que tem suas raízes em uma emoção
tão básica e primitiva quanto o Medo.
Quando percebemos que existe uma ameaça real capaz de comprometer nossa
integridade física ou psicológica, nosso sistema nervoso dispara um mecanismo
de defesa – sugerindo a fuga ou a luta. Isso é o medo: uma manifestação
saudável de instinto de preservação. Dentre tantas outras coisas, foi o medo
que permitiu a sobrevivência e a perpetuação da espécie humana.
Diretamente
relacionada ao medo, a Ansiedade nada
mais é que a antecipação de uma ameaça futura (APA, 2013, apud Pérez, 2015). Apesar da conotação negativa da
palavra, certas doses de ansiedade podem ser benéficas para o funcionamento
humano, para a melhora do rendimento, para a sobrevivência e para a adaptação a
novas situações. O problema surge quando as situações neutras e não
potencialmente perigosas são mal interpretadas pela pessoa como sendo
ameaçadoras, e essa é, de fato, a ansiedade clinicamente preocupante: quando o
mecanismo de fuga ou de luta, ao invés de preservar a integridade física e/ou
psicológica da pessoa, a deteriora (Clark y Beck, 2012, apud Pérez, 2015). A isso chamamos de Transtorno de Ansiedade.
Inquietação, medo, angústia,
nervosismo. Quem nunca experimentou estas sensações? Estas são uma das
experiências mais humanamente universais, porque ninguém está imune à Ansiedade. No entanto, para que dito
mal estar se eleve à categoria de transtorno, isso já é uma outra história.
Um Psicólogo pode indicar se um
indivíduo possui o diagnóstico de Transtorno de Ansiedade através de uma terapia
ou de uma série de Avaliações Psicológicas. A primeira questão a analisar é se
os estímulos que geram a ansiedade são realmente ameaçadores a ponto de
justificar o medo presente, ou se eles foram distorcidos por erros no processamento
cognitivo da informação, de modo que a pessoa potencializa uma ameaça que é
neutra ou pouco perigosa. Nem sempre estes estímulos são conscientes, por isso
a importância do trabalho terapêutico, no entanto, às vezes, atividades simples
como ir ao banco conversar com o gerente, marcar uma consulta médica por
telefone, fazer atividades individualmente, utilizar um meio de transporte público
ou tirar uma dúvida, podem ser situações tão ansiogênicas e falsamente
ameaçadoras que os indivíduos procrastinam sua ação ou, simplesmente, não agem.
Também é importante saber se tal medo
ou ansiedade é frequente, persistente e se interfere de algum modo na
capacidade da pessoa de enfrentar as circunstâncias aversivas ou difíceis –
seja nos âmbitos escolar, social, laboral ou em outras áreas importantes da
vida do indivíduo – ou ainda se ela interfere de modo notável na sua capacidade
de levar a cabo tarefas indispensáveis. Quando o indivíduo se sente incapaz de
realizar atividades, simples ou complexas, por um longo período de tempo ou de
modo injustificado, isso lhe gera um sofrimento psicológico muito grande, e por
isso a importância de tratá-lo.
É
importante valorar também se a ansiedade se manifesta inclusive na ausência dos
estímulos objetivamente ameaçadores, e também se existe uma relação muito ampla
de situações que apresentam, pelo menos, um leve potencial de ameaça. Um
psicólogo pode ajudar o indivíduo a descobrir como e por quê estas situações
passaram a ser ameaçadoras e ajudá-lo a partir daí. Deste modo, a resposta para
estas questões ajudará a determinar se a experiência ansiosa é suficientemente
distorcida, persistente e generalizada, a ponto de requerer uma avaliação
médica adicional, um diagnóstico e um possível tratamento psiquiátrico.
O fato
é que apenas quando a ansiedade deixa de ser adaptativa e se converte em uma
ansiedade patológica é que podemos falar sobre “transtornos de ansiedade”.
Baseado em:
PÉREZ, Isabel. La
Ansiedad em el Autismo. Comprenderla y tratarla. Alianza Editorial, S.A.
Madrid. 2015
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La ansiedad es un síntoma. Mejor dicho, se trata de
un conjunto de ellos. Según Pérez (2015) se trata de una condición universal y
generalizada a todas las personas, y que tiene sus raíces en una emoción tan
básica y primitiva como el miedo.
Cuando nos damos cuenta que existe una amenaza real capaz de comprometer
nuestra integridad física o psicológica, nuestro sistema nervioso dispara un
mecanismo de defensa - sugiriendo la fuga o la lucha. Eso es el miedo: una
manifestación sana de instinto de preservación. Entre tantas otras cosas, fue
el miedo que permitió la supervivencia y la perpetuación de la especie humana.
Directamente relacionada con el miedo, la ansiedad no es más que la anticipación
de una amenaza futura (APA, 2013, apud Pérez, 2015). A pesar de la connotación
negativa de la palabra, ciertas dosis de ansiedad pueden ser beneficiosas para
el funcionamiento humano, para la mejora del rendimiento, para la supervivencia
y para la adaptación a nuevas situaciones. El problema surge cuando las
situaciones neutrales y no potencialmente peligrosas son mal interpretadas por
la persona como amenazadoras, y esa es, de hecho, la ansiedad clínicamente
preocupante: cuando el mecanismo de fuga o de lucha, en lugar de preservar la
integridad física y/o psicológica de la persona, la deteriora (Clark y Beck,
2012, apud Pérez, 2015). A esto llamamos trastorno de ansiedad. Inquietud,
miedo, angustia, nerviosismo. ¿Quién nunca experimentó estas sensaciones? Estas
son una de las experiencias más humanamente universales, porque nadie está
inmune a la ansiedad. Sin embargo, para que dicho malestar se eleve a la
categoría de trastorno, eso ya es otra historia.
Un
psicólogo puede indicar si un individuo tiene el diagnóstico de trastorno de
ansiedad a través de una terapia o de una serie de evaluaciones psicológicas.
La primera cuestión a analizar es si los estímulos que generan la ansiedad son
realmente amenazantes a punto de justificar el miedo presente, o si han sido
distorsionados por errores en el procesamiento cognitivo de la información, de
modo que la persona potencializa una amenaza que es neutra o poco. No siempre
estos estímulos son conscientes, por lo que la importancia del trabajo
terapéutico, sin embargo, a veces, actividades simples como ir al banco a
conversar con el gerente, marcar una consulta médica por teléfono, hacer
actividades individualmente, utilizar un medio de transporte público o Una
duda, pueden ser situaciones tan ansiogénicas y falsamente amenazadoras que los
individuos procrastinan su acción o, simplemente, no actúan.
También
es importante saber si tal miedo o ansiedad es frecuente, persistente y se
interfiere de algún modo en la capacidad de la persona para enfrentar las
circunstancias aversivas o difíciles -sea en los ámbitos escolar, social,
laboral o en otras áreas importantes de la vida del individuo - o Aún si
interfiere de modo notable en su capacidad de llevar a cabo tareas
indispensables. Cuando el individuo se siente incapaz de realizar actividades,
simples o complejas, por un largo período de tiempo o de modo injustificado,
esto le genera un sufrimiento psicológico muy grande, y por eso la importancia de
tratarlo.
Es importante
valorar también si la ansiedad se manifiesta incluso en la ausencia de los
estímulos objetivamente amenazadores, y también si existe una relación muy
amplia de situaciones que presentan al menos un leve potencial de amenaza. Un
psicólogo puede ayudar al individuo a descubrir cómo y por qué estas
situaciones pasaron a ser amenazantes y ayudarle a partir de ahí. Por lo tanto,
la respuesta a estas cuestiones ayudará a determinar si la experiencia ansiosa
es suficientemente distorsionada, persistente y generalizada, hasta el punto de
solicitar una evaluación médica adicional, un diagnóstico y un posible
tratamiento psiquiátrico.
El hecho es que
sólo cuando la ansiedad deja de ser adaptativa y se convierte en una ansiedad
patológica es que podemos hablar de "trastornos de ansiedad".
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